novembro 14, 2025
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Se o campeonato não tivesse tomado uma guinada tão decisiva, o destaque depois do Brasil teria sido Verstappen. Mesmo diante das circunstâncias, o holandês brilhou mais, com uma das atuações de sua carreira.

Há um ano, nesta corrida, Verstappen colocou-se à beira do quarto título mundial com uma recuperação brilhante do 17º lugar no grid para vencer.

Foi um dos melhores passeios de todos os tempos, mas foi na chuva, quando esse tipo de coisa é mais possível.

No domingo, Verstappen terminou em terceiro em uma corrida seca depois de largar do pit lane. Direto na caixa de câmbio da Mercedes de Antonelli, o carro em segundo lugar.

E fê-lo apesar de um furo na sexta volta, que o obrigou a fazer uma paragem antecipada nas boxes, tirando-o do décimo terceiro lugar, onde já recuperou, até à retaguarda.

‘Inacreditável’ foi a palavra que Verstappen usou para descrevê-lo. “Ele fez um ótimo trabalho”, disse Antonelli. “Sensacional”, disse o chefe da equipe Red Bull, Laurent Mekies.

O que foi ainda mais notável foi que a Red Bull faltou velocidade durante todo o fim de semana. Verstappen terminou o sprint em quarto e reclamou da falta de aderência. Sem a queda de Piastri teria sido o quinto.

E para o Grande Prêmio, Verstappen se classificou apenas em 16º, a primeira vez em toda a sua carreira que foi eliminado em ritmo na primeira parte da qualificação.

A Red Bull percebeu que as mudanças feitas no carro para a qualificação tinham ido na direção errada e decidiu ajustar o acerto para a corrida. Eles mantiveram a decisão de abandonar o novo piso introduzido no México, mas fizeram vários outros ajustes, incluindo a instalação de um novo motor.

Isso quebra as regras que dizem que as equipes não podem alterar a configuração do carro após o início da qualificação; daí o início do pit lane.

Embora o furo o tenha colocado de volta depois de ter recuperado seis posições nas três voltas de corrida que tinham sido possíveis até então entre um safety car real e um virtual, de certa forma isso lhe fez um favor ao sair do pneu duro e passar para o médio de sua escolha.

Com a corrida bem encaminhada, ele começou a abrir caminho no campo, a tal ponto que, quando Norris fez sua última parada, na volta 54, faltando 17 para o final, quem herdou a liderança foi Verstappen.

“Nada mal”, disse ele pelo rádio quando seu engenheiro Gianpiero Lambiase o informou.

Parecia que ele poderia ficar de fora – e tentar defender a liderança – e de fato alguns engenheiros rivais acreditam que ele deveria ter feito isso. Que ele poderia até ter vencido se a Red Bull tivesse feito duas passagens com pneus médios desde a primeira parada e Verstappen tivesse administrado seus pneus de acordo.

Mas Mekies discordou, dizendo: “Não acho que pudéssemos ter conseguido o primeiro lugar, apenas olhando para isso”.

E o mesmo fez o chefe da equipe McLaren, Andrea Stella: “O nível de degradação foi muito alto e em algum momento acho que os pneus ficaram sem borracha”, disse ele.

“Acho que na Red Bull eles sabiam que teria sido uma grande aposta chegar ao fim com o mesmo conjunto. Dado que tiveram que colocar um novo macio, acho que foi a decisão certa”.