dezembro 12, 2025
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A novela berlangiana, filmada na rua Ferraz, já é a sátira mais grotesca, mostrando o colapso do jeito banana de fazer política. Porque quem poderia imaginar que o líder messiânico que veio para reavivar a democracia neste país Os corruptos serão rodeados pelos mais hediondos escândalos, transformando a sede do PSOE num refúgio da maior torpeza moral e da desgraça dos outros. Porque o Sanchismo é a melhor metáfora para a gota d’água. Onde o campeão da história feminista mimava e protegia seu encanador sênior até que estourou um escândalo, uma prostituta (sempre supostamente) que abaixou a braguilha e elogiou as bundas de seus colegas. Este activista anti-prostituição é genro de um homem que dirigia estabelecimentos onde as pessoas pagavam por sexo. Esta defensora da protecção das mulheres foi quem deu poder ao cliente habitual que se ligava a “amigos” de alto estatuto nas empresas públicas e falava obscenamente sobre eles aos líderes partidários: “Carlota está a fazer confusão”.

Este fraudador com aura de mártir da “legitimidade” e das farsas da mídia de direita acabou se tornando o sumo sacerdote da hipocrisia, celebrando a missa de costas para o povo, escondido na sacristia do cinismo, onde todos os dias uma ladainha do imperdoável é reescrita, dirigida a uma comitiva de aplausos, recitando o credo sanchista como um dogma irrefutável: “Eu não sabia de nada”, “eu não o conhecia.” pessoalmente”. E, claro, ele assumirá a responsabilidade “na primeira pessoa”.

Do púlpito da insolência, Sánchez assumiu a responsabilidade pessoal, excomungando os conselheiros de segunda categoria que o acompanhavam desde o início da viagem da Peugeot a Dos Hermanas. Este último passou a ser chamado de “Maçom da Moncloa”. Antonio Hernandez, de Sevilha, tem sido seu guru pessoal desde que começou a pregar no deserto. E ao contar sua história de traição, ele removeu seu venerável mestre topógrafo da equação como uma barreira contra o enorme incêndio que assolava o alojamento.

Assim é feito por este Grão-Mestre do Crime, que conspira com o esquadro e o compasso, absorvendo os seus devotos para continuarem a demonstrar o grande G (Grande Arquiteto e Golfo). Nesta fé iniciática, cujos ritos elevados são bonitos e cujas colunas jónicas de sustentação são feitas de papel machê, restam cada vez menos aventais. Porque a caixa desaba sobre um tabuleiro de xadrez preto e branco do bem e do mal, onde apenas o último permanece. Templo em ruínas no centro de Callejon del Gato, hoje Ferraz. Lá, Pedro continua a pregar entre as ruínas, brincando com os espelhos côncavos do Valle Inclan para justificar o absurdo como uma alegoria do que converteu ao seu partido.

Referência