novembro 18, 2025
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Um tribunal de Madrid condenou o PSOE por violar o direito de associação ao suspender sabiamente as actividades militantes do antigo presidente de Madrid, Joaquín Legina, enquanto este processava o seu caso de expulsão por apoiar Isabel Díaz Ayuso nas eleições. O tribunal deu provimento parcial ao recurso interposto pelo ex-líder socialista, concluindo que a medida preventiva foi prorrogada por mais tempo do que o razoável, informa a Cadena SER.

A Justiça considera que Legina esteve num “limbo jurídico” durante 32 meses depois de a liderança de Pedro Sánchez ter decidido, em 6 de maio de 2021, iniciar o procedimento de destituição do antigo líder socialista pelo seu apoio ao candidato do PP nas eleições de Madrid. O que os juízes desaprovam é o período de tempo que uma suspensão cautelar esteve em vigor antes de o caso ser processado.

“O atraso é evidente porque no momento da apresentação da reclamação, em fevereiro de 2024, nada havia sido decidido, de modo que até este momento se passaram pouco mais de 14 meses, embora a partir da data de início do processo, em 6 de maio de 2021, o atraso tenha atingido 32 meses”, diz a decisão, com a qual o SER concordou. O que rejeita é o pedido de indemnização de 12.000 euros aos então secretários da organização, Santos Cerdan e Marta López, por tomarem esta decisão.

Fontes da direção do PSOE recordam que, antes de mais, a justiça triunfou a seu favor. “Vamos agora implementar o veredicto e o partido vai analisar como adaptar as regras se for necessário”, afirmam estas fontes, que manifestam a sua surpresa pelo apelo de “um homem que não tem problemas em aceitar o cargo de Ayuso”, referindo-se ao cargo de presidente do Tribunal de Contas regional, onde foi nomeado pelo PP com um salário de 100 mil euros anuais.