dezembro 19, 2025
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O presidente do Banco Central Europeu (BCE) não deixa dúvidas e insiste que as taxas de juro estão “em boa situação” acima dos 2%, embora não sejam estáticas. Esses anúncios confirmam o limite inferior da taxa básica monetária, completando o ciclo de cortes. O conselho de administração da organização tomou a decisão por unanimidade, no meio de previsões económicas e de inflação que subiram. A previsão para a atividade para 2025 vai melhorar duas décimas, para 1,4%, mas a inflação também afasta a possibilidade de outra descida para estimular a economia.

Lagarde destacou a “resiliência” que a economia da zona euro tem demonstrado, registando um crescimento de 0,3% no terceiro trimestre, impulsionado pelo aumento do consumo e do investimento. “O crescimento sectorial foi dominado pelos serviços, especialmente no sector da informação e comunicações, enquanto a actividade na indústria e na construção permaneceu estável. “É provável que este padrão de crescimento liderado pelos serviços continue no curto prazo”, explicou ele, concentrando-se na “solidez” do mercado de trabalho depois do desemprego ter fechado em Outubro perto do seu mínimo histórico de 6,4%.

A organização sediada em Frankfurt espera que a procura interna impulsione a expansão, enquanto os rendimentos reais continuam a aumentar e as taxas de poupança diminuem gradualmente. “O investimento empresarial e as despesas governamentais significativas em infra-estruturas e defesa deverão apoiar cada vez mais a economia. No entanto, o difícil ambiente comercial global deverá continuar a dificultar o crescimento da zona euro este ano e no próximo”, afirmou.

Neste contexto, o decisor de política monetária da área do euro observou que os preços mais baixos da energia deverão aliviar a pressão sobre a inflação, que ficará abaixo de 2% em 2026 e 2027. Em particular, prevê o índice de preços no consumidor em 1,8% e 1,9%, respetivamente. Apesar disso, adverte que, embora as tensões comerciais tenham diminuído, o ambiente internacional permanece “volátil” e apela a uma vigilância contínua se as cadeias de abastecimento forem perturbadas ou se a situação atrasar as exportações. “As tensões geopolíticas, especialmente a guerra injustificada da Rússia contra a Ucrânia, continuam a ser uma importante fonte de incerteza”, acrescentou.

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