Larry Summers, ex-presidente da Universidade de Harvard, deixará de lecionar na escola enquanto sua ligação com o desonrado financista Jeffrey Epstein é investigada, disse um porta-voz de Summers na quarta-feira.
E-mails divulgados recentemente pelo comitê de supervisão da Câmara dos EUA reacenderam questões sobre o relacionamento de Summers com Epstein, com muitas das mensagens indicando uma amizade que durou até 2019. O contato só cessou pouco antes de Epstein ser preso em julho do mesmo ano.
O Harvard Crimson foi o primeiro a divulgar a notícia.
Steven Goldberg, porta-voz de Summers, disse ao jornal que Summers, economista e ex-secretário do Tesouro dos EUA, não está programado para lecionar no próximo semestre e que seus coprofessores assumirão as aulas restantes do semestre atual.
Summers também deixará imediatamente o cargo de diretor do Centro Mossavar-Rahmani para Negócios e Governo da Harvard Kennedy School, que dirige desde 2011.
“O Sr. Summers decidiu que é do interesse do centro que ele tire uma licença de seu cargo de diretor enquanto Harvard conduz sua revisão”, disse Goldberg.
O anúncio ocorre poucos dias depois de Summers anunciar que se afastaria de compromissos públicos à luz das mensagens que ressurgiram com Epstein, mas continuaria a lecionar.
Nos e-mails, Summers parece pedir conselhos a Epstein sobre como manter um relacionamento romântico com uma mulher que ele descreve como estagiária. Em uma mensagem de 2018, Epstein refere-se a si mesmo como “amigo” de Summers.
Summers também renunciou ao conselho de administração da OpenAI na quarta-feira.