Garantir que os serviços governamentais possam ser prestados digitalmente aos cidadãos e criar um catálogo definido do uso ético da inteligência artificial (IA). A Comunidade de Madrid está a começar a tramitar a sua Lei de Administração Digital e Inteligência Artificial para regular estas questões e adaptar-se às regras da União Europeia. Esta estrutura autônoma servirá para promover os planos do governo regional para modernizar a administração, reduzir procedimentos ou implementar sistemas de previsão em áreas como transportes ou saúde.
“Estamos a trabalhar neste projeto há algum tempo. O principal objetivo é levar os procedimentos da administração a todos os cidadãos através dos canais digitais e torná-los mais fáceis, rápidos e seguros”, explicou o ministro da Digitalização, Miguel López-Valverde, esta quarta-feira após o conselho de governo. Assim, Madrid terá definitivamente canais online para aceder aos serviços governamentais. Os sistemas de identificação e assinatura eletrônica serão regulamentados,registros administrativos ou um arquivo separado. Na relação entre o cidadão e a administração, o aplicativo Conta Digital será o canal central de comunicação.
A Lei de Administração Digital e Inteligência Artificial inicia seus trabalhos com publicação de anteprojeto em consultas públicas. Nesta etapa serão coletados materiais e comentários dos interessados. Depois disso, deverá ser elaborado um texto normativo, que deverá ser aprovado pelo Conselho de Governo e posteriormente apresentado à Assembleia de Madrid, onde deverá ser aprovado em sessão plenária. Neste momento, a Comunidade de Madrid não determinou o horizonte para a entrada em vigor do regulamento.
“De “Em 2026, veremos um ponto de viragem nas relações através da IA com os cidadãos”, – observou Valverde. Considerando este cenário futuro, as regulamentações regionais regulamentarão o uso ético e permitido da inteligência artificial, adotando disposições já incluídas nas regulamentações europeias. Este desenvolvimento legislativo visa regular a utilização da IA no setor público, que até agora se tem baseado em temas geradores. Assim, ao utilizar esta tecnologia pela administração, devem ser especificados mecanismos de controle que garantam a transparência dos algoritmos e a proteção dos dados pessoais.
A comunidade de Madrid sofrerá a mesma coisa regime de sanções, incluindo a norma europeia. Graças a toda esta estrutura, a Comunidade de Madrid começará a utilizar a IA para automatizar tarefas como sistemas que permitem aos cidadãos evitar inserir no processo dados que a administração já possui, criar rascunhos automáticos ou reportar erros nas candidaturas. “Queremos não só facilitar as interações digitais, mas também antecipar as necessidades”, afirmou o responsável pela digitalização.
Junto com esses recursos que encurtam os procedimentos, está prevista a implementação de projetos de análise preditiva em áreas como a saúde, a educação ou os transportes. Nesse sentido, está sendo testado um sistema de monitoramento remoto com inteligência artificial para evitar a internação de pacientes cardiopatas. Observou que foi possível “otimizar a alocação de recursos e avaliar em tempo real o impacto das políticas governamentais, permitindo à administração, por exemplo, prevenir incidentes antes que eles ocorram”. Para estas aplicações, a legislação regional definirá cláusulas para gestão, armazenamento e segurança de dados.
Junto com esta lei também Será elaborado um catálogo do uso da inteligência artificial para que as empresas ter todas as informações disponíveis sobre emprego responsável e ético. “Queremos preparar um decálogo para que as empresas não sejam sujeitas a sanções”, explicou Valverde. Por outro lado, o texto legislativo preverá medidas para garantir a propriedade intelectual e industrial dos algoritmos de IA.