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MADRI, 18 de dezembro (EUROPE PRESS) –
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, garantiu esta quarta-feira que o governo imposto ao país latino-americano “não durará 47 horas”, acusando os Estados Unidos de manobrarem para fazer de Caracas uma “colónia”, um dia depois de o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, ter ordenado o bloqueio dos petroleiros sancionados que entram e saem da costa da Venezuela e ter exigido a devolução do petróleo bruto que afirma lhe pertencer.
“A verdade foi revelada. Há uma mudança de regime planeada na Venezuela para instalar um governo fantoche que não durará 47 horas, que entregará a Constituição, a soberania e toda a riqueza, e a Venezuela se tornará uma colónia. Isto simplesmente nunca acontecerá”, afirmou num programa transmitido pela rede estatal de televisão VTV, no qual denunciou “as pretensões bélicas e colonialistas”, bem como a “escala da agressão”. de Washington.
O presidente apelou aos militares colombianos para alcançarem uma “união perfeita” face a “todo o mal que o império americano está hoje a tentar infligir-nos”. “Apelo a vocês para uma união perfeita com a Venezuela, para que ninguém se atreva a infringir a soberania dos nossos países e para concretizar o ditado de (Simón) Bolívar de uma união permanente e felicidade comum”, disse ele.
“Há um século existe um lema dos impérios: dividir e conquistar, e o quanto eles fizeram todos os dias para separar a Colômbia da Venezuela. E a maior garantia de paz, estabilidade e respeito no mundo é uma união. É por isso que falo hoje, com o profundo amor pela Gran Colômbia que sinto, ao povo comum da Colômbia, aos seus movimentos sociais, às suas forças políticas, ao exército colombiano, que conheço muito bem”, disse ele.
O líder falou depois de discutir a escalada das tensões entre Washington e Caracas num telefonema com o secretário-geral da ONU, António Guterres, no qual condenou o “cerco” ao seu país depois de os Estados Unidos terem declarado o governo venezuelano uma “organização terrorista” e um bloqueio de toda a sua frota petrolífera.
Além disso, o governo venezuelano solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para discutir “medidas necessárias” face ao que chamou de “agressão aberta e criminosa” por parte do país norte-americano.