Presidente da Telefônica, Marcos Murtra, defendeu a necessidade da empresa implementar “vítimas” para poder desenvolver o seu plano estratégico e resistir ao tsunami tecnológico que se abate sobre ele. Ele fez isso com referência velada ao Dossiê … Regulamento Laboral (ERE) que a empresa propôs revogar 6.088 trabalhadoresmais de 30% da força de trabalho do grupo em Espanha.
Um líder que participou no Congresso de Liderança do CEDE em Saragoça insistiu na necessidade destas acções porque traumático sejam eles quais forem, depois que a segunda vice-presidente Yolanda Diaz abriu esta semana uma brecha no governo sobre a reestruturação trabalhista, onde o Estado é um dos principais acionistas da operadora com 10% do capital. São medidas “dolorosas”, mas não podem ser adiadas, insistiu.
Murtra lembrou o caso de outras empresas que não previram uma crise que pudesse destruí-las, como fez a Kodak com as câmeras na época. “Não podemos seguir esse caminho” previu a proteção de toda a estratégia que aplicaria nos próximos anos em termos do negócio, dos seus investimentos, bem como das mudanças no tamanho da força de trabalho.
A Telefónica revelou esta semana os números completos de seu enorme ERE depois de elaborar sete propostas de mesas de negociação. No total, a operadora propõe despedir 6.088 trabalhadores, representando 24,3% da força de trabalho de Espanha e 35,3% da força de trabalho das empresas afetadas. Sete empresas foram afetadas: Telefónica de España, Telefónica Móviles, Telefónica Soluciones, Telefónica SA, Telefónica Global Solutions, Telefónica Innovación Digital e Movistar+. E, portanto, justificar-se-á não num procedimento, mas em sete procedimentos separados, embora “de facto” todas as condições sejam negociadas em conjunto.
Contudo, o ministro O Partido Trabalhista distanciou-se do resto do executivo. e aponta que o facto de “uma empresa lucrativa e estatal decidir despedir tantas pessoas é indecente”, como afirmou o Conselho de Ministros de terça-feira. Sua posição contradiz a de outros colegas de gabinete que falaram sobre a medida, mas em tom mais conciliador. Ministro Transformação digital, Oscar Lopez observou há algumas semanas que “a posição do governo será muito clara de que isso sempre acontece com o consentimento dos sindicatos”. Também ministro EconomiaCarlos Cuerpo falou ontem, 24 de novembro, no mesmo tom.