Ministério da Igualdade, chefiado por Ana Redondoainda não liguei Comitê de Crise de Homicídios Baseados em Gênero, órgão que analisa o aumento da violência contra as mulheres, apesar de … Em 10 dias do mês, cinco foram mortos pelas mãos de seus companheiros e ex-companheiros. Este é o pior início de dezembro dos últimos anos. E o horror ainda sobe para oito vítimas se contarmos a partir de 22 de novembro. Questionadas pela ABC, fontes do Ministério da Igualdade explicam que pretendem convocar o órgão, mas não sabem quando “ainda”.
O Comitê de Crise é uma ferramenta criada pela secretaria para analisar cada assassinato dessas mulheres e de seus filhos menores – incluindo análise de possíveis casos de violência indireta. O objectivo da reunião extraordinária é identificar lacunas no sistema de protecção e melhorar as respostas e medidas institucionais para evitar mais vítimas.
Geralmente é ativado quando ocorrem cinco ou mais mortes em um curto período de tempo. À mesa o ministro poderá convocar representantes Dentro, JustiçaA Presidência do Governo, o Departamento de Saúde, Juventude e Criança, Comunidades Autónomas afectadas por crimes e autoridades judiciais como Conselho Geral da Magistratura (CGPJ) E Ministério Público.
Falta de resposta de emergência após recentes feminicídios de 29 a 50 anos em Hospitalet de Llobregat, Catarroja, El Viso del Alcor (Sevilha), Torrijos (Toledo) e Alicante contrasta com o que aconteceu em 10 de julho, quando foi convocado o último comité de crise, quando o Ministro Redondo reuniu-se com urgência com os ministérios e comunidades envolvidas para lhes pedir “todos os instrumentos do Estado para estarem em alerta máximo, coordenados e lubrificados” após cinco destes crimes.
Igualdade anunciada plano de fortalecimento de serviços e coordenação entre agências antes das celebrações do Natal. Mas fontes de organizações que normalmente participam nestes comités de crise questionam, em privado, que desde este último aumento em Dezembro, ainda não houve um apelo do ministério para uma revisão conjunta do aumento de casos e da sua subsequente intensificação, especialmente neste momento.
Paralelamente, fontes judiciais manifestam preocupação pelo facto de a sociedade estar gradualmente a “banalizar” ou “normalizar” os indicadores de violência baseada no género, o que significa que se está a perder o foco na importância do combate ao flagelo da violência contra as mulheres. Há alguns dias, o legista Miguel LorentoUma especialista em violência de género, num encontro com jornalistas, insistiu que as respostas institucionais não podem limitar-se aos casos de denúncia, mas precisam de ter em conta outros factores como o efeito de arrastamento, os períodos de licença e os períodos de separação ou divórcio, que são considerados de maior risco.