Relatório esperado do Secretário de Defesa, Margarida RoblesQuanto ao uso de seus recursos para despesas de reserva, na terça-feira no Congresso dos Deputados ficou meio inacabado, o que acabou parecendo … peso um exercício de obscurantismo transparência exigida pela lei que rege a utilização deste orçamento.
A reunião foi convocada às 13h. no Comitê de Despesas Reservadas, comumente conhecido como Comitê de Segredos Oficiais, sabendo que ela teria que se levantar às 15h. porque os representantes dos grupos parlamentares terão que comparecer ao plenário do Congresso.
Além disso, a agenda incluía não só uma explicação específica sobre a utilização dos fundos reservados que Robles devia à Câmara desde que era ministra – a lei exige que o faça semestralmente – mas também uma questão difícil de satisfazer a ERC relativamente à relação entre a CNI e o organizador dos ataques a Las Ramblas em Barcelona e Cambrils em 2017. O Centro Nacional de Inteligência depende do Departamento de Defesa.
Como resultado, após as duas horas previstas, os representantes dos quatro principais partidos da Câmara ainda não tinham intervindo: Ester Muñoz (PP), Patsy Lopez (PSOE), Pepa Millán (Vox) e Henrique Santiago (Sumar), apurou a ABC com fontes presentes no discurso.
A reunião teve de ser adiada apesar de não ter sido concluída, e o Ministro da Defesa terá de regressar a este órgão para concluir o relatório, que não só chega com muitos anos de atraso, como de forma inédita deve ser interrompido e será realizado em duas etapas. Previsão – nova chamada no dia 13 de janeiro.
As duas horas planejadas foram suficientes apenas para as explicações iniciais de Robles e os discursos de cinco representantes de partidos menores: Nestor Rêgo (grupo misto), Maribel Vaquero (NVD), Merche Aizpurua (EH Bildu), Miriam Nogueras (Juntos) e Gabriel Rufiano (ERC).
Robles é Ministro da Defesa e líder político da CNI desde então. Pedro Sanches Chegou a Moncloa em 2018 e até agora só compareceu duas vezes à Comissão de Despesas Reservadas, por isso tem muitas explicações à espera de serem explicadas.
Isto aconteceu pela primeira vez em 25 de fevereiro de 2019, numa reunião que também contou com a presença da então Primeira Vice-Presidente Carmen Calvo e do Ministro do Interior. Fernando Grande Marlaska. Sua segunda aparição foi em 16 de dezembro de 2022.
Desde então, não voltou a estar presente, apesar do mandato de seis meses da lei que regulamenta os gastos com reservas, e dos pedidos de esclarecimentos do ministro da Defesa acumulados durante a última assembleia legislativa sobre vários assuntos, como a espionagem com Pegasus ao Presidente do Governo e outros ministros – a pedido do PP – a cessação das investigações da CNI sobre as atividades de grupos terroristas no País Basco e a redução de tropas destinadas a monitorizar atividades separatistas na Catalunha. – afirma Vox-, e a utilização dos fundos reservados – é exigida por um parceiro governamental chave como o PNV-.
Todos estes pedidos foram rejeitados à medida que se aproximavam as eleições de julho de 2023, mas nunca se concretizaram, apesar de o pedido do Grupo Basco ter data de fevereiro de 2020, há mais de três anos.