novembro 20, 2025
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A partir de 1º de janeiro de 2026, os motoristas terão novas obrigações. Todos os veículos devem ter um farol V16 homologado pela Direção Geral de Trânsito (DGT), uma luz magnetizada que é colocada acima do veículo em caso de emergência e notifica automaticamente a DGT do incidente e envia a localização do veículo para poder ajudá-lo se necessário.

A última característica do aparelho – a geolocalização – despertou suspeitas na população. A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) tem recebido muitas perguntas sobre este assunto: os novos beacons V16 violam a nossa privacidade? Eles compartilham a localização dos veículos mesmo que não estejam conectados?

A mensagem da AEPD é de calma. “Um ID não é associado a uma pessoa ou matrícula sem ter um registo que ligue o dispositivo à identidade de quem o utiliza. Quem adquire o beacon não tem de partilhar os seus dados pessoais com nenhuma administração no momento da compra, pelo que a DGT não saberá quem comprou o dispositivo”, explica a agência em comunicado.

Os beacons incluem um cartão eSIM com um período garantido de transmissão de dados móveis por vários anos, que normalmente é de 10 a 15. Até ser ativado, o beacon não transmite nenhum dado, esclarece a agência. E “se ativada em caso de emergência, a informação enviada não nos permitirá saber quem é o condutor nem reconstruir os seus movimentos”. O dispositivo não cria constantemente um histórico de movimentos ou envio de dados.

Pelo menos é assim que funcionam os dispositivos aprovados pela DGT. Consequentemente, a Guardia Civil insiste que os condutores adquiram um farol aprovado. Além de ser um requisito obrigatório, problemas de transmissão de dados podem ser evitados.

Sinais inteligentes

O farol substituirá o triângulo reflexivo que até agora deveria estar em todos os veículos. A intenção da DGT é essencialmente evitar que os condutores tenham de sair do carro e andar na estrada até à instalação do triângulo: uma luz magnetizada pode ser colocada no tejadilho do carro sem sair do banco. As autoridades recomendam guardá-lo em local acessível a partir do banco do motorista, justamente para evitar a necessidade de sair do carro.

O sinal de baliza não substitui a chamada para o 112, pois não contacta os serviços de emergência mas sim o DHT. São aplicadas multas de 80 euros se uma inspeção de rotina demonstrar que o veículo não possui farol e de 200 euros se a iluminação de emergência padrão não for utilizada em caso de sinistro.