dezembro 11, 2025
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O Conselho de Ministros recusa 60 mil milhões de empréstimos ao abrigo dos fundos de recuperação europeus. O governo tinha cerca de 83 mil milhões de euros, mas acabou por pedir 22,8 mil milhões de euros, o que significa que deixaria de receber 70% de empréstimos. O executivo atribui a constatação ao “bom progresso da economia”, disse o ministro da Economia, Carlos Bodi, em conferência de imprensa na terça-feira, após a reunião ministerial.

Os empréstimos que se prevê receber este ano no âmbito do plano de recuperação ascenderão, portanto, a apenas 6,5 mil milhões de euros, conforme consta do suplemento que será enviado a Bruxelas. O governo está a abdicar deste dinheiro para poder também baixar os valores de referência previamente acordados com a Comissão Europeia e aceder aos 25 mil milhões de transferências diretas que ainda não foram recebidas. Tal como garantiu hoje o ministro, Espanha já recebeu 70% do volume total de transferências atribuídas, que é pouco menos de 80 mil milhões. Enfatizou também que a Espanha é o segundo país em número de resultados alcançados (mais de 260).

O órgão disse que isso foi possível graças ao “bom desempenho da economia”, que permite ao Tesouro financiar-se utilizando melhores juros no mercado do que se utilizasse os juros de Bruxelas. Quanto à revisão do plano de recuperação, o badajoz baseou-se em três chaves: reduzir a carga administrativa para facilitar a verificação dos marcos, além de atualizar as 160 medidas; reforçar as “prioridades estratégicas do plano” com novos investimentos em programas europeus de supercomputação (300 milhões) e outros 2,5 mil milhões atribuídos à transição energética; e “manter o nível de ambição do plano” para acelerar os marcos e aceder a 100% dos 80 mil milhões de transferências.

Relativamente às reformas modificadas, o Corpo deu o exemplo de que a fase relevante da lei de terras é alterada para introduzir “outras relacionadas com a transformação da empresa pública de habitação”.

Estratégia de Financiamento do Tesouro

Paralelamente à revisão do plano de recuperação, o Conselho de Ministros aprovou também na terça-feira a nova estratégia de financiamento do Tesouro para 2026, que pressupõe a manutenção da produção líquida prevista em 55 mil milhões de euros.

Por sua vez, as emissões brutas aumentarão de uma previsão de 274,242 milhões no final de 2025 para 285,693 milhões no próximo ano, impulsionadas por encargos de amortização mais elevados. O ministro lembrou que continuarão a contar com títulos verdes, cujo volume de reservas já chega a 16 mil milhões.

Não pagamento do seguro de aluguel

Passando para um terço da habitação, o governo aprovou também hoje um decreto real que estabelece compensações aos proprietários em caso de “possíveis” incumprimentos nos contratos de arrendamento residencial, medida com a qual o executivo concordou. Junto em janeiro do ano passado para implementar o decreto consolidado. Como explicou o representante do ministro, Pilar Alegriaesta cobertura será administrada pelas comunidades autónomas e estará disponível para proprietários que tenham contratos celebrados com pessoas com menos de 35 anos ou pessoas vulneráveis ​​com rendimentos não superiores ao índice base governamental e que tenham pago uma caução obrigatória. Esta linha também cobrirá outras possíveis despesas, como danos à casa ou suprimentos devidos.