Alberto Nuñez Feijó enviou uma carta ao juiz de instrução Catarroja para confirmar a sua “absoluta disponibilidade em cooperar com a investigação” de Dana, e como prova disso enviou todas as mensagens de WhatsApp trocadas entre os 29 … Outubro de 2024 com Carlos Mason.
Fontes do PP garantiram ao jornal que o presidente do seu partido também pediu que o comparecimento como testemunha no dia 9 de janeiro fosse feito eletronicamente.
Apesar de não ter obrigação legal de fazê-lo, Feijó quis demonstrar boa vontade enviando escritura notarial certificando tudo e cada uma das mensagens recebidas naquele dia pelo ex-presidente da Generalitat, bem como o contexto em que foram criadas, para a sua melhor compreensão. Assim, pretende entregar o trabalho ao professor, a quem também indica que dará as devidas explicações sobre o assunto durante a apresentação.
Mensagens recebidas por Feijoo
No registro notarial que enviou ao juiz, Feijoo identifica tanto as mensagens quanto o horário em que foram criadas e às quais a ABC teve acesso.
A primeira resposta que recebeu de Mason veio às 20h08 com um breve “Obrigado, Prezi” a uma mensagem de apoio que o presidente do PP lhe havia enviado anteriormente em horário não especificado. Durante a conversa também ficou claro que o ex-presidente da Generalitat havia dado um número de telefone a Feij José Maria Álvarez-Palleteporque “não podemos trabalhar sem a Telefónica”.
Por volta das 22h, Mason admitiu a Feijoo em outra mensagem que temia o pior. “Estamos sobrecarregados. Não sabemos o que realmente se passa, mas temos dezenas de pessoas desaparecidas e não posso confirmar”, admitiu. Uma hora e meia depois, por volta das 23h20, quando questionado sobre a atuação do governo central, Mason garantiu que um inútil escritório de crise havia sido “criado” em Moncloa.
“Estamos sobrecarregados. Não sabemos o que realmente está acontecendo, mas temos dezenas de pessoas desaparecidas e não posso confirmar.”
Carlos Mason – Feijó
Às 22h do dia determinado
“Sim, falei com Sanchez, Montero e representantes do Ministério da Defesa e do Interior para que tenham possíveis tropas em prontidão pré-combate para amanhã”, admitiu Mason. “O problema agora é que “Não podemos nem entrar em muitas cidades onde as pessoas nos telhados morrem de medo.”– ele disse. Nesta conversa, referiu ainda que “graças à delegação (do governo), neste momento temos o que precisamos, nomeadamente a UEM”.
Exatamente às 23h25, o maçom informa a Feijó que já conhece as primeiras mortes em decorrência da crise: os que morreram de Utiel. “Isto será um desastre danado, presidente. Definitivamente serão dezenas deles”, conclui.