dezembro 15, 2025
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O governo pretende aumentar a dedução do Salário Mínimo Inter-profissional (SMI) para 600 euros até 2026, com o governo a assumir o custo financeiro do aumento proposto para o próximo ano, em vez de recair exclusivamente sobre os empregadores.

Segundo o El País e fontes conhecedoras que confirmaram este jornal, está em cima da mesa a dedução atualizada que foi introduzida para o SMI este ano (1.184 euros por mês ou 16.576 euros por ano), que ascende a 340 euros por ano que será reportado na declaração de rendimentos de 2025, que vence na próxima primavera.

Na sexta-feira passada, o Ministério do Trabalho apresentou o relatório da Comissão de Peritos sobre SMI, que propõe um aumento de 3,1–4,7% (para 1.221 euros brutos ou 1.240 euros por mês) até 2026 para atingir a meta de o SMI atingir 60% do salário líquido médio e manter o seu poder de compra. O primeiro cenário será sem tributação e, no segundo, os especialistas já acreditam que o salário mínimo estará sujeito ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares. A atualização da dedução para os montantes propostos este ano aumentaria este valor para cerca de 600 euros.

Tradicionalmente, o governo atualizou a isenção mínima do imposto sobre o rendimento para refletir o valor do SMI, mas este ano o Ministério das Finanças decidiu que o custo orçamental desta medida era demasiado elevado para o tesouro do Estado. A atualização da isenção fiscal não afeta apenas os beneficiários do SMI, mas também se aplica a todo o grupo de distribuição, incluindo os que auferem rendimentos mais elevados e que contribuem para os escalões mais elevados.

Trabalho e Tesouro evitam conflito

Após um acalorado debate entre os dois parceiros governamentais, o Tesouro propôs a criação de uma dedução especial para os beneficiários do SMI que seria aplicada na sua declaração fiscal para que a sua fatura fiscal fosse menor e só se aplicaria nos casos em que a dedução fosse máxima (essencialmente pessoas solteiras sem filhos com menos de 35 anos). Se a dedução atualizada não for aplicada, no limite inferior da faixa o Tesouro absorverá quase 100% do aumento salarial, enquanto na faixa mais alta será de cerca de 80%.

O Executivo busca a todo custo evitar brigas entre sócios neste início de ano. Na sua missão aos peritos, a Segunda Vice-Presidente e Secretária do Trabalho, Yolanda Diaz, pediu-lhes que apresentassem dois números para aumentar o SMI, com e sem imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, para que a decisão do Tesouro inclinasse a balança para um lado ou para o outro.

E o Tesouro, que até há pouco tempo mantinha a decisão de não renovar a isenção do imposto sobre o rendimento mínimo, também abriu a porta à ampliação da dedução atual desde o primeiro momento.

A tarefa de evitar o confronto a todo custo também foi transportada para o relatório do SMI Expert. Os indicados pela Economia e Finanças votaram contra a metodologia de cálculo do indicador para este ano, embora o valor tenha permanecido na metodologia e não tenha sido incluído no documento final. O governo cerrou fileiras com os especialistas.

Referência