A sessão bolsista deixou uma imagem inédita na bolsa espanhola. Ele Capricórnio 35 conseguiu fechar acima de um patamar que durante anos simbolizou o teto do mercado nacional, consolidando uma tendência de alta que se intensificou nas últimas semanas. De acordo com dados oficiais publicados pelas Bolsas e Mercados Espanhóis, o crescimento do índice é suportado pelo bom desempenho da indústria e pelo contexto macroeconómico, especialmente observado pelos investidores.
O mercado já tinha testado este nível nos dias anteriores, mas o feedback negativo dos EUA impediu a sua confirmação no fecho. Desta vez, apesar da volatilidade internacional, o seletor conseguiu manter o dinamismo de compra e fechar a sessão claramente na zona positiva.
Os principais dados, conforme relatado pela Expansión, foram recebidos no final do dia: o Ibex 35 terminou o dia às 17.041,4 pontosque é um máximo histórico, no qual a sua reavaliação anual se aproxima dos 47%. Este marco não só tem uma componente simbólica, mas também redefine o ponto de partida para a reta final do ano e para as previsões para 2026.
O papel decisivo dos bancos no novo recorde
O setor financeiro tornou-se o principal motor do progresso. Com a contagem decrescente para a próxima reunião do Banco Central Europeu a todo vapor, o aumento dos rendimentos da dívida aumentou o apelo dos bancos que detêm um peso significativo no índice.
As previsões positivas de grandes empresas internacionais serviram como um catalisador adicional. O Santander e o BBVA continuaram o seu crescimento, enquanto os mercados médios apresentaram um comportamento ainda mais dinâmico, reflectindo a confiança do mercado na evolução da rentabilidade e dos resultados.
Valores mais altista da sessão
- Bankintercomo o valor mais otimista do dia.
- Santander E BBVAcombinando máximos anuais.
- KaishaBank, Sabadell E Unicajácom um aumento de mais de 2%.
Este comportamento confirma que o atual ciclo de alta do índice Ibex tem uma forte base estrutural, suportada pelos resultados empresariais e pelas expectativas monetárias.
IAG e Ferrovial fortalecem dinâmica do índice
Além do sector bancário, outras grandes acções também contribuíram para o crescimento do índice. As ações do IAG destacam-se como uma das mais otimistas, apoiadas pelas perspetivas para o setor da aviação e pela dinâmica positiva da procura.
A Ferrovial, por sua vez, estabeleceu novos máximos para coincidir com a sua quase inclusão no Nasdaq 100. A antecipação dos fluxos de investimento de fundos internacionais aumentou o interesse de compra.
Valores que retardaram o progresso
Nem todos os componentes do Ibex acompanharam este movimento. A Telefónica e a Inditex registaram quedas moderadas à medida que obtiveram lucros após fortes recuperações acumuladas nas semanas anteriores. Estes ajustamentos não alteraram o tom geral do mercado.
Europa acompanha, Wall Street duvida
As ações europeias fecharam globalmente em alta. O Dax alemão consolidou-se em níveis sem precedentes, enquanto o Stoxx 600 pan-europeu reforçou a sua tendência ascendente. Em contraste, os principais índices dos EUA mostraram mais fraqueza, impulsionados pelas descidas nas ações de tecnologia de grande capitalização.
Esta divergência destacou a rotação sectorial e geográfica que ocorre nos mercados globais, com a Europa a ganhar destaque nas carteiras.
Dívida, moeda e commodities definem o contexto
O aumento das taxas de juro da dívida tem sido um dos factores mais observados. As obrigações dos EUA a 10 anos permanecem em níveis elevados, enquanto na Europa os índices da Alemanha e de Espanha reflectem um aumento constante dos rendimentos.
No mercado cambial, o euro fortaleceu-se face ao dólar, ajudado por um tom mais firme do BCE. No sector das matérias-primas, o ouro recuperou o seu apelo como activo de refúgio, enquanto o petróleo mostrou fraqueza apesar da depreciação do dólar.
Um encerramento que muda o horizonte do mercado espanhol
Fechando Ibex 35 acima do nível 17.000 pontos representa o antes e o depois do mercado de ações espanhol. O novo máximo histórico redefine as características técnicas do índice e reforça a sensação de força do mercado nacional num ambiente internacional desafiador.
Centrando-se nos próximos dados macroeconómicos e nas decisões dos principais bancos centrais, o comité eleitoral espanhol aproxima-se do final do ano a partir de uma posição sem precedentes, com a fasquia mais alta do que nunca e com um cenário já projetado para além do curto prazo.