A Nerifan SL, controlada pelo investidor e fundador da Cirsa Manuel Lao Hernandez através da Nortia Capital Investment, colocou à venda um bloco de 40,7 milhões de ações da construtora Sacyr, que representa 5,12% da empresa. A empresa informou à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) que o empresário contratou o Citi para estudar esta potencial transferência, que faria com que o investidor, avaliado em cerca de 1,375 milhões de euros, deixasse de ter participação na empresa.
A Sacyr fechou o pregão de terça-feira a 3.958 euros por ação, pelo que a participação vale hoje cerca de 161 milhões de euros. Tal como sublinhou a CNMV, a Sacyr não receberá receitas desta operação, que se destina exclusivamente a investidores qualificados.
O preço por ação será determinado por meio de oferta acelerada e o processo terá início imediato. O Citi reserva-se o direito de rescindir o acordo a qualquer momento e com pouca antecedência, momento em que será emitido um novo anúncio detalhando o resultado da transação e o preço final das ações em circulação.
O Laos assinou um acordo de colocação com o Citi em termos habituais para este tipo de transação em bloco. A oferta, que não envolve uma oferta pública em qualquer jurisdição, é dirigida apenas a investidores qualificados no Espaço Económico Europeu e no Reino Unido, excluindo mercados como os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Japão ou África do Sul, sujeitos às restrições legais e de registo aplicáveis.
Segundo relatórios da CNMV, a Disa Corporación Petrolina é o principal acionista da Sacyr com cerca de 14,6% do capital, seguida por José Manuel Loureda (Prilu) com 6,7% e Grupo Corporativo Fuertes com 6,3%. Abaixo de Manuel Lao está a Rubric Capital Management com uma participação de 4,43%.
Segundo a Forbes, o património líquido de Lao Hernandez em 2025 será de cerca de 1,375 milhões de euros, ou cerca de 1.600 milhões de dólares.
Em abril de 2018, Manuel Lao Hernandez vendeu cem por cento da empresa de jogos Cirsa Gaming Corporation ao fundo de investimento Blackstone, enquanto os detalhes da transação não foram divulgados. Como resultado desta operação, deixou de estar à venda o negócio da empresa catalã na Argentina, que Manuel Lao continua a gerir de forma diferenciada.