novembro 27, 2025
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O Grupo Parlamentar Popular no Congresso acompanha com desconfiança os movimentos realizados na Câmara pelo ex-ministro José Luis Abalos, que mantém o cargo de deputado no Grupo Misto. Desde o início de um caso aberto de corrupção contra ele No Supremo Tribunal, o antigo secretário organizador do PSOE apresentou diversas queixas escritas ao Conselho relativas à alegada violação da sua imunidade parlamentar.

Por esta razão, apurou a ABC junto de fontes parlamentares, os membros do PP no órgão de governo do Congresso exigiram na terça-feira que a presidente da câmara baixa, Francine Armengol, “estude e avalie muito bem os passos que devem ser seguidos e as medidas que devem ser tomadas” face aos recursos de Abalos. O PP suspeita que a defesa do ex-ministro possa futuramente considerar levantar a questão da anulação dos pedidos no âmbito de algum procedimento judicial que coincida com o desempenho das suas funções parlamentares. Esta estratégia, que o povo exige de Armengol, deve estar “fadada ao fracasso”.

Abalos já informou ao Conselho que as investigações contra ele foram alegadamente iniciadas enquanto ele era presidente da Comissão do Interior, ou seja, antes de o Congresso ter concedido o pedido do Supremo Tribunal para permitir o seu prosseguimento. Queixou-se ainda de o juiz não ter enviado à instituição todos os processos que lhe diziam respeito. Segundo fontes parlamentares, nas reuniões do conselho, os advogados deixaram claro que não é este órgão que deve defender os direitos e prerrogativas dos deputados diante de quaisquer processos judiciais, mas sim o presidente do Congresso, conforme consta no artigo 12 do Regimento da Câmara.

Dada a estratégia hipotética de Abalos para anular quaisquer processos judiciais, o PP já solicitou expressamente a Armengol que exercesse a máxima diligência e diligência para garantir que as suas acções ou omissões não beneficiem indirectamente o seu antigo colega. O ex-ministro presta depoimento esta quinta-feira perante o Supremo Tribunal depois de ter sido acusado de irregularidades nos contratos de máscaras.