O Tribunal de Instrução nº 15 de Valência rejeitou mais uma vez a abertura de processo oral contra o ex-Vice-Presidente do Conselho e ex-assessor Oficial de Igualdade durante o Governo Botânico, Monica Oltra, no caso de um suposto encobrimento de abuso sexual de um menor sob custódia de seu ex-marido.
Em decisão datada de 18 de dezembro, à qual o EL PAÍS teve acesso, o juiz rejeita os recursos de reforma interpostos em conexão com as acusações populares apresentadas por Gobierna-te e Vox contra a resolução anterior de junho de 2025, que se recusou a abrir um julgamento oral e concordou com um caso preliminar movido contra Oltra e vários de seus ex-funcionários.
O instrutor concorda com a opinião do promotor, confirmando a base legal da decisão recorrida. Além disso, entre outras coisas, o juiz indica que “a principal tarefa do juiz na situação processual que estamos a considerar é considerar cuidadosamente as acusações, a fim de evitar a apresentação de acusações a qualquer cidadão em tribunal sem motivos suficientes para tal”. Além disso, observa que “nenhuma das acusações contém” provas que as “individualizem para cada episódio factual e para cada arguido”.
Em junho de 2024, o tribunal decidiu reabrir o processo, que já havia sido julgado improcedente pelo Tribunal de Instrução, que, assim como o Ministério Público, não constatou nenhum crime ao considerar os recursos do Vox e do Gobierna-te. O juiz deu continuidade ao procedimento por “necessidade legal”.
Em Junho, o órgão de investigação recusou novamente a abertura de um julgamento oral e favoreceu o arquivamento temporário do caso, e agora confirma esta decisão rejeitando o recurso do Ministério Público. Pelo mesmo despacho, que chegou ao conhecimento das partes na sexta-feira, foi admitido para apreciação o recurso interposto em processo subsidiário.