O Vox condenou que a reforma do Regulamento das Cortes de Castela-La Mancha promovida pelo PSOE “pode ser ilegal”, violando, segundo o seu porta-voz Iván Sánchez, a Lei Orgânica de Financiamento dos Partidos Políticos. O partido defende que as alterações afetam diretamente o sistema de financiamento interno dos grupos parlamentares e o funcionamento da câmara, ameaçando, na sua opinião, o Estado de direito e a transparência institucional. O grupo explica que o texto promovido pelos socialistas introduz alterações que afectam as regras de gestão de fundos e de controlo parlamentar. Vox adverte que estas medidas “podem ter como objetivo reforçar o controlo do PSOE sobre as Cortes e proteger a sua estrutura de privilégios”. Sánchez condenou a forma como a reforma foi realizada e considerou que este procedimento foi “opaco, não há debate, não há comissão, foi realizado com urgência e num formato único de leitura, unilateralmente, sem aviso, sem diálogo, sem admissão à participação”. Na sua opinião, este caminho abre a porta a mecanismos que fortalecem o “rolo dominante” socialista e complicam o trabalho de controlo da oposição. Paralelamente a esta denúncia, o Vox exigiu a suspensão dos subsídios financeiros recebidos pelos grupos parlamentares. Uma alteração apresentada a este respeito foi rejeitada pela Mesa das Cortes, órgão controlado pelo PP e PSOE. A aprendizagem confirma que esta recusa visa preservar benefícios internos que não são do interesse geral. Sánchez observou que “estes subsídios permitiram, entre outras coisas, ao Partido Socialista atribuir 415.000 euros das contas do PSOE de Castela-Mancha à sede nacional de Ferraz, investigada pela UCO e com a qual partilha um CIF comum”. Para a Vox, esta situação demonstra a necessidade de repensar o modelo e eliminar estas ajudas para garantir a transparência.
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