A Telefónica fecha novamente o acordo ERE acordado com os sindicatos. Após um mês de negociações, a Telefónica e a maioria dos sindicatos chegaram a um acordo final para implementar o plano da empresa para ajustar as relações laborais e atualizar o sistema de relações laborais para o resto da década. Segundo confirmaram fontes sindicais, as reuniões desta quinta-feira aprovaram sete dossiers de regulação laboral (ERE) propostos pela direção, bem como a prorrogação de três convenções coletivas. A assinatura oficial, que cimentará a paz social, terá lugar na próxima segunda-feira, 22 de dezembro.
O acordo final envolve a saída de 4.539 pessoas do conjunto do grupo, após a redução de mais 15 pessoas da sua influência na quinta-feira na Movistar+, última unidade a receber a oferta final da empresa.
A maior parte da redução acabará por recair sobre a unidade principal da operadora, que assume um mínimo de 3.765 partidas, a maior parte na Telefónica de España (2.925), seguida de Móviles (720) e Soluciones (120). Por sua vez, as divisões globais perderão 599 pessoas – sendo a controladora TSA (301) a mais atingida, bem como Inovação (186) e Soluções Globais (112) – enquanto a TV paga Movistar+ reduzirá sua força de trabalho em 175 pessoas.
A UGT, cuja assembleia já ratificou integralmente o acordo, classificou o resultado como um “retumbante sucesso”. O sindicato destaca a ampliação da jornada semanal de 36 horas para todo o grupo no âmbito da revisão do acordo coletivo, que ocorreu paralelamente às negociações do ERE. Até agora, este benefício aplicava-se apenas às empresas essenciais, mas o pacto uniformizou-o para o resto da força de trabalho e foi, segundo o sindicato, “um verdadeiro marco para todas as empresas espanholas”.
Fontes do CCOO, outro sindicato maioritário juntamente com o Sumados-Fetico, explicam ao elDiario.es que os militantes realizam uma votação esta quinta-feira à tarde. Os resultados das províncias visitantes mostram que “a grande maioria dos membros foi a favor da assinatura”. Tanto o CCOO quanto o Sumados-Fetico planejam anunciar a aprovação nesta sexta-feira.
Voluntariado e mudança geracional
Os sindicatos também defenderam o sucesso na manutenção de “toda a voluntariedade” através de planos de reforma antecipada para maiores de 54 anos, com rendimentos que atingem 68% do salário normal e na manutenção das contribuições para a segurança social. Para aqueles que não se aposentam antecipadamente e decidem sair, foram acordadas remunerações superiores às da indústria e bónus voluntários.
Ressaltam também que o acordo inclui a reintegração da força de trabalho. Os sindicatos assumiram um compromisso claro com a criação de empregos: a Telefónica deve contratar novos funcionários a uma taxa de 10% a 15% dos que saem, dependendo da empresa. Uma medida que visa rejuvenescer o pessoal e prevenir a descapitalização de talentos em áreas-chave.
Ao assinar o acordo na segunda-feira, a administração, liderada por Mark Murtra, garantiu a aprovação clara do seu plano estratégico com a aprovação dos representantes dos trabalhadores, cumprindo assim a exigência do governo de que a empresa estivesse livre de práticas traumáticas. O Estado é o principal acionista da Telefónica através da SEPI, que detém 10%.