O Papa Leão XIV disse na terça-feira que é sempre melhor procurar formas de diálogo ou de pressão, mesmo “pressão económica” para provocar mudanças na Venezuela às ameaças feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em resposta a jornalistas num avião que regressava de uma viagem ao Líbano.
“Muitas vezes as vozes que vêm dos Estados Unidos mudam, por isso precisamos ver, mas parece que houve uma conversa, e por outro lado, há um perigo, a possibilidade de algum tipo de atividade, uma operação, até mesmo uma invasão de território. Não sei mais”, disse o pontífice sobre este tema, respondendo a uma pergunta de um grupo de jornalistas de língua espanhola que viajava com o Papa.
Papai acrescentou: “Mas eu acho É sempre melhor procurar formas de diálogo ou pressãoTalvez devido à pressão económica, mas estão à procura de outra forma de mudar, se é isso que os Estados Unidos querem. Disse que “ao nível da Conferência Episcopal e com a declaração (na Venezuela)” estão “procurando formas de acalmar a situação para o benefício do povo, porque são eles que sofrem com a situação, não as autoridades”.
Desde Setembro, os Estados Unidos continuaram a mobilizar forças navais e aéreas em águas caribenhas perto da Venezuela, sob o pretexto de combater o tráfico de drogas. Ele também ligou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao Cartel do Sol, um grupo supostamente ligado ao tráfico de drogas.
Neste contexto, Washington relatou ataques a vinte navios alegadamente ao serviço do tráfico de droga e a morte de mais de 80 tripulantes. Em 21 de novembro, a Administração Federal de Aviação do país norte-americano pediu “extrema cautela” ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe devido ao que considera uma “situação potencialmente perigosa” na área.
As tensões entre os EUA e a Venezuela aumentaram ainda mais neste fim de semana, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o fechamento total do espaço aéreo venezuelano.