dezembro 13, 2025
newspaint-1765112450004-1200x840-U42853380316otl-1024x512@diario_abc.jpg

Brick sempre foi o investimento preferido dos espanhóis. Enquanto noutros países europeus as poupanças estão distribuídas por diferentes produtos financeiros, aqui a habitação continua a ser um meio preferido de preservação da riqueza. Mas em quais lugares da Espanha você tem mais Faz sentido investir hoje? Qual é a melhor maneira de fazer isso? É melhor investir dinheiro próprio ou dinheiro emprestado?

O investidor imobiliário e comunicador de informação abordou todos estes temas. Jaime Gil, Gerente Geral da PropHero na Espanha ecriador do podcast “Jaime Gil Invest”. Em um de seus vídeos de maior destaque dos últimos meses, ele analisa como escolher as melhores áreas para investir em 2025 e compara a situação com os anos anteriores.

A fotografia do mercado é clara, os preços continuam elevados e escassez de estoque Isto está ficando cada vez mais claro. “Estou surpreso com os preços que alguns imóveis estão sendo vendidos e há quanto tempo estão no mercado”, explica ele. Os pisos quase nunca aparecem nos portais e, quando aparecem, voam para longe. Ao mesmo tempo, a procura está a aumentar à medida que tanto os investidores como os compradores finais procuram casas num país que continua a acolher novos residentes. O problema é que todos querem morar nos mesmos lugares.

Bons rendimentos estão migrando para a periferia

Esta concentração significa que os preços de compra e aluguer continuam a subir nas principais capitais e áreas sob pressão. E aos preços atuais é difícil encontrar investimentos com retornos atrativos. Há anos, diz ele, o foco tem sido comprar imóveis baratos, alugar cada vez mais e manter uma renda mensal interessante. Mas este ciclo terminou. O que custava 60 mil ou 70 mil euros custa agora cerca de 130 mil ou 140 mil euros nas periferias de muitas cidades. alcançar 6% de lucro líquido já é difícil.

Por isso, muitos investidores se deslocam para municípios mais distantes. Zonas de infecção onde os preços permanecem baixos e a rentabilidade no papel é alta. Claro, Gil avisa que nem tudo vai dar certo. Ir, por exemplo, à população com maior desemprego na província ou às cidades que estão a perder residentes é uma má ideia. O objectivo deveria ser encontrar uma razão real para a permanência da população, como a indústria, a logística, as comunicações, as universidades… alguma razão subjacente que mantenha a procura mesmo que o mercado mude de ciclo.

“O mercado hoje sopra a favor, mas vai virar”, lembra o especialista, garantindo que quando isso acontecer, a casa mais distante irá corrigir primeiro, a menos que a zona tenha força própria. É aqui que acredita que entra em jogo a importância de uma localização significativa, não só pelo rendimento anual gerado por uma casa, mas também pelo potencial de reavaliação, verdadeiro arquitecto do milagre dos rendimentos. Madrid, por exemplo, teve uma média anual de 23% entre 2024 e 2025, enquanto outras grandes cidades tiveram taxas acima de 18% ou 20%.

Além de encontrar boas localizações, Gil aponta outra área de investimento como a habitação. Flexliving, co-living, habitação terciária, hotéis convertidos em média… formatos que já operam nos EUA, Madrid ou Barcelona e começam a ser implementados noutras cidades espanholas como Valência, Sevilha ou Málaga. Mas onde está o bom lugar?

Áreas com potencial em 2025

Com base nestes critérios, Gil nomeia diversas áreas com potencial em 2025. Entre elas destacam-se: corredores industriais entre Castellón e Puerto de Sagunto, com novas zonas industriais em Benavites, Almenar e La Vall d'Huixo. Também o eixo Elche-Alicante-Murcia, o “triângulo mágico” onde os preços subiram mas as cidades intermédias continuam a oferecer oportunidades. Zonas como Torrevieja ou os municípios entre a capital Múrcia e Alicante – Albatera, Algorfa e outros – estão a surgir graças a uma combinação de procura crescente e valores remanescentes.

Ele observa que algumas cidades do interior de Alicante também podem fazer sentido, embora exijam uma análise mais matizada. Municípios como Alcoy ou Ontiniente possuem universidades que geram um fluxo populacional estável, o que é importante para garantir a sustentabilidade do investimento em períodos de recessão.

A alavancagem é a base para uma boa reavaliação

Outro pilar importante da sua estratégia é a alavancagem. Segundo Gil, se quisermos focar na reavaliação de ativos, precisamos tomar empréstimos com sabedoria. “Se você tem 100 mil euros e compra uma casa por 300 mil, então a sobrevalorização extrema está próxima dos 20% de que falámos anteriormente. você os receberá com 300.000″, qualifica.

Além disso, ele observa que a alavancagem não se limita às hipotecas, mas também pode ser alcançada através de incorporadores e novas construções. Ele coloca a questão desta forma: reservar hoje uma casa à venda por 20.000€ ou 30.000€ numa área em expansão poderia resultar numa sobrevalorização de 20% do valor total de arrendamento da propriedade, e não apenas do capital contribuído. “É muito poderoso a nível estratégico”, conclui.

E diante de tudo isso, ele mal menciona os medos clássicos do investidor espanhol – ocupações, inadimplência, mudanças na legislação – porque, na sua opinião, isso é ruído. Para o especialista, é importante utilizar os dados disponíveis, deixar de investir na própria cidade por inércia e focar em localidades que tenham lógica econômica. Ou, na sua falta, apostar em empresas que desenvolvam soluções habitacionais em “zonas prime” onde a procura é garantida.