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MADRI, 18 de dezembro (EUROPE PRESS) –
O presidente colombiano, Gustavo Petro, convidou nesta quarta-feira a figura da oposição venezuelana Maria Corina Machado, que anunciou ter deixado Oslo após receber o Prêmio Nobel da Paz na semana passada, para visitar seu país e “falar comigo sobre paz no Caribe, não sobre invasões”.
“Os Estados Unidos e a América Latina devem reconsiderar o seu pacto de coexistência baseado na soberania e na autodeterminação dos povos”, afirmou na sua rede social.
O Presidente da Colômbia garantiu que Simón Bolívar “ficaria grato”, lembrando que a sua morte é comemorada no dia 17 de dezembro. “Não creio que Bolívar tenha aceitado a invasão da sua pátria, mas quando morreu pediu paz e unidade para a sua grande pátria”, disse.
A líder da oposição venezuelana, que ainda não se pronunciou sobre o assunto, deixou a capital norueguesa, onde passou uma semana por ocasião da entrega do Prémio Nobel da Paz. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro do país escandinavo, Jonas Gahr Store, em comunicado à agência de notícias Bloomberg.
Por outro lado, Peter, na mesma mensagem, defendeu que “apoiar medidas soberanas contra a propriedade de uma nação não é roubo”, em resposta às declarações feitas na véspera pelo seu homólogo americano Donald Trump, ameaçando aumentar a pressão sobre Caracas se esta não entregar “imediatamente” o petróleo que disse ter sido “roubado”.
“Nos Estados Unidos, o dono do subsolo é o dono do solo, (enquanto) na América Latina o dono do subsolo é a nação, de acordo com a ordem constitucional. Há um completo mal-entendido sobre as diversas leis que devem ser respeitadas porque foram defendidas seletivamente por povos soberanos”, disse ele.
Petro argumentou que “de maneira semelhante, o México poderia reivindicar (os Estados Unidos) o Texas, a Califórnia, a Flórida (e) o Novo México, uma vez que faziam parte do território mexicano e foram tomados à força”.