dezembro 6, 2025
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O presidente da RTVE, José Pablo López, acusou Israel de operar nas sombras “durante meses” para influenciar a votação que esta quinta-feira confirmou a participação do país judeu no Festival Eurovisão da Canção. “O que parecia ser um debate democrático em Genebra foi apenas farsa preparada em escritórios”– o dirigente máximo do OJSC anotou em seu relato em “X”.

Numa nova crítica à decisão da União Europeia de Radiodifusão (EBU), López sublinhou que o principal argumento da organização foi “destruído”, que a neutralidade da Eurovisão “isso não é garantido nem antes nem agora” e que Israel “continuará a usar” o festival “a seu critério”.

Além disso, lamentou o silêncio da UER sobre o assunto, ao mesmo tempo que “nas últimas horas” concordou com ataques “muito graves” à RTVE, que, segundo o presidente, a organização “olhou para o outro lado”.

Esta quinta-feira, a Assembleia da UER, realizada em Genebra, anunciou a participação de Israel na Eurovisão 2026 após uma votação interna em que 738 votos apoiaram o país judeu.

A Espanha ameaçou não participar no próximo festival, a menos que Israel seja expulso “por genocídio cometido em Gazae quando ouviu a notícia, não precisou esperar muito para cumprir sua palavra. A eles juntam-se no boicote os Países Baixos, a Irlanda e a Eslovénia, enquanto a Islândia terá de tomar uma decisão nos “próximos dias”.

A RTVE anunciou esta quinta-feira que não irá transmitir nem a final nem as meias-finais do Festival Eurovisão da Canção, embora esta sexta-feira tenha anunciado que irá celebrar o Benidorm Fest, evento que desde 2022 serve de selecção espanhola.