A proibição das redes sociais na Austrália para crianças menores de 16 anos enfrenta um desafio no Tribunal Superior.
As maiores restrições do mundo entrarão em vigor em 10 de dezembro, com crianças banidas de plataformas como Instagram, Facebook, Snapchat e TikTok.
Num comunicado divulgado na quarta-feira, o Projeto Liberdade Digital anunciou que iniciou um processo no mais alto tribunal do país numa tentativa de anular as leis.
O grupo contestará a proibição alegando que esta “rouba” de mais de 2,5 milhões de jovens australianos o seu direito constitucional implícito à comunicação política.
A constituição australiana não protege explicitamente a liberdade de expressão.
Os adolescentes Noah Jones e Macy Neyland, ambos de 15 anos, estão listados como demandantes.
O presidente do Projeto de Liberdade Digital e deputado de Nova Gales do Sul, John Ruddick, considerou a proibição desproporcional e disse que era “um ataque direto ao direito dos jovens à liberdade de comunicação política”.
“Não é papel do governo cuidar dos filhos, deveria ser responsabilidade das famílias decidir quando seus filhos estão prontos para as redes sociais”, disse ele.
“Esta é a legislação mais draconiana do género no mundo.
As plataformas de mídia social enfrentam multas pesadas se não bloquearem usuários menores de idade. (Fotos de Jono Searle/AAP)
“Até o Partido Comunista Chinês ficaria babando com isso”.
O grupo descreveu a legislação como “extremamente excessiva”.
As empresas de mídia social enfrentam multas de até US$ 49,5 milhões se não tomarem “medidas razoáveis” para bloquear usuários jovens dentro do prazo.
As plataformas devem implementar tecnologia de rastreio de idade, mas a Comissão de Segurança Eletrónica não delineou um tipo ou método específico.
A ministra das Comunicações, Anika Wells, disse anteriormente que a lista seria fluida, o que significa que mais plataformas poderiam ser adicionadas.