novembro 15, 2025
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Dezenas de manifestantes, incluindo representantes de comunidades indígenas e jovens ativistas, invadiram na terça-feira a sede do segundo dia de negociações da COP30 em Belém e entraram em confronto com guardas de segurança, exigindo ação climática e proteção florestal. Os manifestantes gritaram de raiva enquanto exigiam acesso à zona azul da cimeira climática da ONU, onde milhares de delegados de países de todo o mundo participam no evento anual, que se realiza pela primeira vez no coração da Amazónia, no Brasil.

Alguns agitavam bandeiras com slogans exigindo direitos à terra ou carregavam cartazes que diziam: “Nossas terras não estão à venda”. “Não podemos comer dinheiro”, disse Gilmar, um líder indígena da comunidade Tupinambá ao longo do baixo rio Tapajós, à Reuters. “Queremos que nossas terras fiquem livres do agronegócio, da exploração de petróleo, do garimpo ilegal e da extração ilegal de madeira.”

Os manifestantes foram rapidamente bloqueados por guardas da ONU que asseguram a segurança na área, onde foram registados alguns confrontos e o acesso foi bloqueado. Pelo menos um segurança ficou ferido.

“Queríamos invadir este local justamente para demonstrar quais cidades deveriam estar presentes neste evento”, disse Helen Cristin, do Juntos, movimento juvenil do partido PSOL, à mídia amazonense Sumaúma. “Acreditamos que a COP30 não representa os povos indígenas. A organização foi criada para empresários. A exploração de petróleo no delta do Amazonas está destruindo o meio ambiente”, acrescentou.