dezembro 9, 2025
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A secretária-geral do PSOE aragonês e porta-voz do ministro, Pilar Alegría, ofereceu esta segunda-feira o apoio do seu partido ao governo regional, o PP, para a aprovação nas Cortes regionais do teto de despesas do orçamento de 2026, sem avaliar a opção que o Vox acabará por adotar. Este sábado, Dia da Constituição, o presidente de Aragão, Jorge Azcón, que governa em minoria, apontou um possível avanço eleitoral na sua região caso não consiga apoio ao orçamento do Vox no prazo de “uma semana”.

Alegría apresentou a sua proposta após uma reunião com membros do executivo regional do seu partido, e também manifestou a sua decisão de “entrar em contacto” com vista à negociação dos projectos de lei assim que fossem conhecidos, “algo para além do PowerPoint que foi projectado na apresentação mediática do documento orçamental”, embora já tivesse levantado condições como a melhoria da educação e da saúde ou a extensão do eléctrico até Arcosur.

Esta posição do PSOE, com a qual o ministro afirma tentar obrigar Azcona a “escolher entre eles ou a extrema direita”, esbarra na possibilidade, apontada pelo partido popular, de optar por eleições antecipadas caso não consiga cumprir o seu orçamento. “Se os orçamentos não forem aprovados, o lógico a fazer seria convocar eleições”, disse Azcon ao chegar no sábado passado a um evento do Dia da Constituição em Madrid. “O que vamos fazer é conversar esta semana. E esta semana é um momento mais do que razoável para verificar quais partidos estão prontos para aprovar orçamentos e quais partidos estão prontos para bloquear”, disse Barão NP.

Apesar do seu apoio, o líder regional socialista criticou duramente o popular chefe do executivo: “Estamos no governo Azcona há dois anos, um governo caótico que nasceu de um pacto com o Vox. Foi algemado pelos caprichos da extrema direita, de formas óbvias ou ilusórias, o que foi, é e será”. Além disso, repreendeu o presidente regional por seguir uma política “anti-sanchista”, anti-alegria e anti-socialista”, apesar de, acrescentou, Aragão ter recebido 2,8 mil milhões de euros em fundos europeus.

Segundo Alegría, “A Ascon não compreende plenamente que quando se ganha eleições, os cidadãos lhe pedem para governar, para poder oferecer soluções e respostas, e se não tiver maioria absoluta, deve falar”, sublinhando que “quando não se consegue chegar a acordos e dialogar, está-se a violar as suas obrigações para com os cidadãos”.

Ao reunir-se esta quarta-feira com o Presidente no âmbito de uma ronda de contactos com os grupos parlamentares das Cortes, deixou claro que irá comunicar a sua intenção de aprovar o teto de despesa e apresentar as suas propostas para poder executar os orçamentos acordados.

Neste sentido, sublinhou que convidaria o PP a negociar para resolver os problemas do “verdadeiro Aragão” e que se construam mais habitações, se melhorem os cuidados de saúde, se reduzam as listas de espera, se ofereça gratuitamente a educação dos 0 aos 3 anos ou se aumente o número de vagas em albergues.