dezembro 16, 2025
693a87d1e67d31-26511392.jpeg

Os médicos disseram o suficiente. De terça-feira, 9 a 12 de dezembro, esses profissionais entrarão em greve para manifestar sua rejeição da reforma do Estatuto-Quadro que regulamenta as condições de trabalho da força de trabalho Sistema Nacional de Saúde (SNS) proposto pela Secretaria de Saúde.

O apelo surge após três anos de negociações e mais de 60 reuniões entre o ministério, sindicatos e comités de greve, mas não foi alcançado nenhum acordo satisfatório sobre o quadro regulamentar, que permanece em vigor desde 2003.

Quem está convocando a greve?

O comitê de greve é ​​composto por Confederação Espanhola de Sindicatos Médicos (CESM) e Sindicato Médico Andaluz (SMA), que há três meses lançou um calendário de mobilizações para manifestar a “oposição unânime da profissão” à reforma do Estatuto-Quadro.

Este plano incluía uma marcha em Madrid no dia 15 de novembro e quatro dias consecutivos de greves no mês seguinte, com concentrações em diferentes cidades, como na última terça-feira, 9 de dezembro.

Essas greves que outros sindicatos aderiram Estas são as terceiras do ano depois das que ocorreram em 13 de junho e 3 de outubro. A convocação coincide com os já sobrecarregados serviços de saúde, que começam a ficar sobrecarregados pelo aumento da demanda por cuidados médicos em plena temporada de gripe e outros vírus respiratórios típicos do inverno.

O que os médicos exigem?

Os motivos que levaram os médicos a apoiar a greve podem ser reduzidos a cinco pontos, sendo o primeiro e mais importante a criação de um estatuto próprio e oportunidades de negociação. Segundo os profissionais, esta medida responde à necessidade de ter um ambiente de negociação diferenciado que lhes permita ter interlocutores diretos com a Administração e negociar especificamente suas condições de trabalho, independentemente do quadro geral, que, na sua opinião, não reflecte as características da comunidade médica.

O segundo ponto de suas reivindicações diz respeito classificação de grupos profissionais. Atualmente, a regulamentação não diferencia adequadamente os diferentes níveis de formação do pessoal médico: os graduados do MECES III podem ser considerados como tendo o mesmo nível do MECES II, o que, segundo os médicos, cria inconsistências. “Os licenciados com 240 créditos e formação especializada podem, portanto, ser comparados aos médicos com 360 créditos”, condena a Confederação Espanhola de Sindicatos Médicos (CESM).

O terceiro ponto de suas exigências diz respeito aos horários de segurança. Os médicos lamentam que essas horas não sejam consideradas “atividades emergenciais” e não tenham remuneração superior às horas normais. Além disso, afirmam que é O tempo de serviço é contabilizado como tempo trabalhado até a aposentadoriauma das principais reivindicações dos sucessivos protestos neste setor ao longo do ano.

“Somos os únicos trabalhadores de toda a Espanha a quem não é garantido o descanso ou a reconciliação com a família, e os únicos que podem ser obrigados a fazer horas extraordinárias a um preço inferior ao habitual”, condena o Sindicato dos Médicos Andaluzes (SMA).

O quarto e quinto pontos dos requisitos médicos dizem respeito à mobilidade forçada e às condições de trabalho discriminatórias. Médicos condenam uso do chamado ‘serviço curinga’ permite que movimentos e atribuições sejam impostos arbitrariamente, expondo o grupo a situações injustas e desigual em comparação com outras categorias profissionais.

Além disso, criticam o regime incompatibilidade discriminatóriao que limita as suas oportunidades de trabalho adicional, enquanto a remuneração por trabalho igual varia injustamente.

Lista de cinco demandas de médicos

  1. Volume próprio de negociações: Crie um estatuto e um espaço de reunião dedicado para médicos.
  2. Classificação profissional: Diferenciar grupos profissionais por formação e responsabilidade.
  3. Dias de proteção: Garantia de maiores remunerações, planos de pensões e conciliação familiar.
  4. Mobilidade forçada: Eliminar o deslocamento arbitrário e as condições de trabalho discriminatórias.
  5. Incompatibilidade e modo de recompensa: Acabar com as restrições injustas e a remuneração desigual por trabalho igual.

Como as greves dos médicos afetam os pacientes?

Embora As greves do pessoal médico são reguladas por serviços mínimos, A suspensão de quatro dias anunciada pelos médicos poderá ter um impacto significativo na prestação de cuidados de saúde, especialmente num contexto em que os hospitais já estão sobrecarregados com cuidados de emergência. Para minimizar os riscos, as comunidades autónomas adotaram medidas preventivas, como o uso obrigatório de máscaras em centros de saúde, hospitais e lares de idosos.

Durante a greve, estão garantidos 100% dos serviços normais de domingo ou feriados, incluindo exames de diagnóstico e tratamento de emergência. Isso significa que pacientes com problemas graves ou que necessitam de assistência imediata continuarão a receber cuidadosassegurar a continuidade dos cuidados tanto nos cuidados de saúde primários como nos hospitais. Porém, atrasos podem afetar consultas de rotina, exames de rotina e procedimentos não urgentes.

EM centros de saúde com SUAP (Atenção Básica de Urgência)As atividades de emergência continuarão a ser abrangidas por este serviço sem necessidade de prescrição de serviços mínimos adicionais. Os ambulatórios sem SRPA terão um médico dedicado designado para prestar atendimento apenas em emergências durante o horário normal de funcionamento do centro. Isto garante que os pacientes com problemas críticos recebam ajuda, mas limita a disponibilidade de outros tipos de aconselhamento.

Em caso de emergência hospitalar, os serviços mínimos serão cobertos pelo pessoal regular nos finais de semana ou feriados. De acordo com a ordem do SAS, pode ser aumentado para 50% mais médicos por número de médicos residentes disponíveis (MIR)embora se houver menos de três habitantes no plantel, não haverá reforços adicionais.

Referência