Rayo Vallecano com gols do zagueiro francês Florian Lejeune e do lateral-esquerdo uruguaio Luis Alfonso Paxá Espino e o meio-campista Gerard Gumbau venceram o Drita do Kosovo por 3 a 0 nesta quinta-feira e alcançaram a classificação histórica direto para as oitavas de final da Liga Conferência.
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Metas 1-0 minutos. 33: Lejeune. 2-0 minutos. 65: Gumbau. 3-0 minutos. 82: Luís Espino.
Árbitro Urs Schneider
cartões amarelos Lejeune (min. 59) e Blurton Shedgie (min. 72)
Aroma de festa. Foi exatamente isso que se sentiu no estádio Vallecas, onde torcedores fiéis se reuniram para uma daquelas partidas que ficaram na memória e na história do clube. Tal como aconteceu com a Taça UEFA da época 2000/2001, há vinte e cinco anos. Neste caso, o Rayo deu a Drita a vantagem de poder contar consigo mesmo para chegar diretamente às oitavas de final, sem precisar passar playoffs cara ou coroa. A oportunidade foi histórica e o Rayo não a desperdiçou. Com um elenco bastante reformulado, sem dois jogadores principais, os alas Isi Palazon e Álvaro García, o Rayo entrou em campo sob o comando de Unai López, com Fran Pérez e o romeno Andrei Ratiu nas laterais, e Sergio Camello como atacante central.
Desde o primeiro minuto, a equipa madrilena assumiu tanto o controlo do jogo que, antes da metade da primeira parte, Drita já defendia com todos os seus jogadores na sua zona para travar os ataques contínuos do adversário. Apesar disso, o Rayo teve dificuldade em encontrar oportunidades claras devido à forte defesa dos kosovares, pelo que o recurso mais utilizado foram os remates de longa distância. Em uma delas, aos 32 minutos, Florian Lejeune conseguiu abrir o placar com chute forte de Laurit Beglouli.
Com a vantagem no placar, o Rayo, que teve 79% de posse de bola no primeiro tempo, tirou o peso de si e seu jogo ficou mais fluido, já que Drita teve que mudar a tática defensiva para tentar se reerguer em busca do empate, o que não conseguiu. O segundo tempo mudou o tom do jogo. A equipa do Kosovo deu um passo em frente e testou Augusto Batalha logo aos quatro minutos, com uma boa jogada pelo flanco direito que terminou com um remate rasteiro de Arba Manaja a ser defendido pelo guarda-redes argentino. Foi a primeira de muitas abordagens que teria na área do Rayo, quase todas seguras e bem destruídas pela defesa da casa, muito bem plantada na relva sob a orientação de Lejeune e do brasileiro Luiz Felipe, que aos poucos, depois de uma longa lesão, vai ganhando ritmo competitivo e começando a desempenhar um papel importante.
Quando estava completamente cinzento, o Rayo condenou o jogo aos 65 minutos. Ovuka não entendeu o goleiro e passou a bola para ele tão perto e com tanta velocidade que Begluli pegou. O juiz foi claro. Propósito. Gerard Goumbaud não desperdiçou a oportunidade e, à entrada de uma pequena área, cruzou para a lacuna deixada pela defesa. A partida não teve muita história a partir de então porque Drita desistiu e, muito chateada, não conseguiu criar nenhuma jogada de perigo enquanto nas arquibancadas a torcida agitava bandeiras ao vento.
O Rayo encerrou a vitória com o mesmo herói da semana passada contra o polonês Jagiellonia. Paxá Espino, que acabava de entrar na grama, fez uma partida individual que terminou com cruzamento para o gol. Com esta vitória, o Rayo termina a fase do campeonato na quinta posição com 13 pontos, classificando-se diretamente para os oitavos-de-final e garantindo o regresso a casa com um empate. Apenas o Estrasburgo francês está à frente com 16 pontos, seguido pelo polaco Rakov com 14 e o Sparta de Praga com 13.