novembro 20, 2025
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No dia 28 de abril, por volta das onze e meia, Espanha e Portugal mergulharam na escuridão. O dia do grande apagão significou que a Península Ibérica se deparasse com o absoluto desamparo, o caos, a ansiedade… Mas havia alguém que viu a luz acesa… Não no sentido literal, claro, mas teve a ideia imprudente de assaltar um centro comercial como a Plaza Norte 2, no município de San Sebastian de los Reyes. Não havia eletricidade, nem trabalho ou compras, nem câmeras CCTV…

Assim, Saimir, de 42 anos, um ladrão muito experiente de origem albanesa, que se instalou na referida cidade, foi libertado para realizar o truque da sua vida: levou jóias no valor de 1,2 milhões de euros. Agora se sabe sobre sua prisão. Tanto “profissionalismo” caiu nas mãos do policial naquele dia em que ele foi corrigir seus documentos na delegacia de Getafe.

Saimir é outro homem com mil faces. Ou, pelo menos, entre 15 indivíduos cadastrados nos bancos de dados policiais. Fontes envolvidas no caso explicam à ABC que, apesar de todos os seus pseudónimos e nome verdadeiro, ele tem uma história tanto em Espanha como noutros países da União Europeia, como Holanda, Bélgica e Grécia. Além disso, possui diversas decisões dos tribunais espanhóis. Depois de ser preso em 22 de outubro por um roubo de um milhão de dólares, ele finalmente foi preso.

Na noite do dia 28 de abril, o sujeito de 42 anos foi a um shopping que conhecia bem. Seus olhos vagavam pela vitrine da joalheria do complexo toda vez que ele entrava. Então ele conseguiu subir no deck, retirar a placa asfáltica e fazer um rififi (um buraco no teto, um buraco vertical) e assim entrar em um dos corredores internos do estabelecimento. Uma vez nesta área geral exclusiva para funcionários, ele procurou uma joalheria e cometeu o erro de entrar neste local específico pela parede adjacente.

Uma vez lá dentro, ele não atacou as vitrines, mas desatarraxou-as com cuidado e baixou-as até o chão. As fechaduras eletrônicas foram desativadas devido a uma queda de energia. Então ele tirou, em primeiro lugar, peças de ouro, ouro branco e diamantes. Ele ainda teve tempo de escolher o que levaria consigo e o que deixaria para trás. Um total de 2.200 peças de joalharia, avaliadas pelos candidatos em 1,2 milhões de euros.

Joias na Romênia

No momento de sua prisão, ele usava um pingente roubado no pescoço. Esta é a única coisa que foi recuperada do saque. Porque antes do final do dia, o carro que comprou a um particular já estava a caminho da Roménia. Estas investigações foram conduzidas por investigadores da delegacia de Alcobendas San Sebastian de los Reyes. Eles conseguiram identificar o carro que ele dirigiu até o shopping naquele dia.

Ou seja, existe a suspeita de que o precioso produto esteja em um país oriental, por isso é bastante difícil devolvê-lo. Após a prisão, o criminoso negou qualquer ligação com o veículo sob investigação, que adquiriu há vários meses. Agora, pelo menos por um tempo, ele estará atrás das grades.