Da última Espanha de Sergio Scariolo ao primeiro Chusa de Mateo, apenas um coxo se repete: Santi Yusta, o atacante madrilenho de 28 anos do Casademont Zaragoza. A seleção estreia nesta quinta-feira (18h30, Teledeporte) em Copenhague contra a Dinamarca nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2027, no Catar, antes de receber a Geórgia, em Tenerife, no domingo. A Ucrânia fecha o grupo de quatro seleções, das quais as três primeiras colocadas avançam para a segunda fase.
A dupla desta janela marca também a estreia de Chus Mateo no comando de uma equipe sem representantes de times da Euroliga (exceto Izan Almanza, dispensado pelo Real Madrid) ou jogando nos Estados Unidos. Doze dos 14 homenageados ingressam na ACB, todos exceto Alvaro Cardenas (Peristeri, Grécia) e Grand Osobor (Cidade Científica Jena, Alemanha). E entre esta classe média nacional aparece um atirador como Yusta, o melhor marcador da ACB com uma média de 18,8 pontos, os mesmos que Luwawu-Cabarrot do Baskonia, o jogador mais valioso da liga (22,8), empatado com Shermadini (Tenerife) e que marca mais lances livres (6,5 por dia), o segundo com mais minutos em campo (28) e que comete mais faltas. (6,3) e terceiro em rebotes de bola (1,6). Tudo em um.
“Estou no meu melhor momento esportivo, de jogo, psicológico e emocional. Além das estatísticas, me sinto feliz, mais maduro e focado. Sei como vão as janelas e o nível nesses jogos”, disse o atacante ao EL PAÍS. Apenas Alberto Diaz (51) e Jaime Fernandez (44) superaram esse recorde em suas 25 aparições internacionais desde sua estreia em 2018. Yusta sabe essencialmente do que se trata o filme. Ele já havia desempenhado um papel crucial na partida de duplas contra a Eslováquia que selou a vaga da Espanha no Campeonato Europeu em novembro passado, principalmente com uma interceptação e um três faltando quatro décimos para o fim, forçando a prorrogação em Bratislava. Essa facilidade diante do ringue classificou então a equipe de Scariolo, e hoje se repete no serviço de Chusa Mateo. “Procuro ser um jogador muito ativo e enérgico, correndo pela quadra, em campo aberto… Todo mundo sabe que sou bom em chegar à cesta com o forehand, sempre tive essa habilidade de marcar pontos”, disse Yusta. Como definiu um dos auxiliares de Scariolo, o menino “tem um objetivo”.
Filho de um goleiro de futebol juvenil madrilenho e de um jogador de basquete, Santi escolheu o basquete e estreou-se pela equipe principal de Madrid aos 17 anos, em maio de 2014. Passou por duas fases na Casa Branca (2013–15 e 2017–19) e coincidiu com Chus Mateo, assistente de Pablo Lazo. Duas temporadas no Obradoiro e mais duas no Tenerife precederam a sua transferência em 2021 para o Casademont Zaragoza, onde se instalou e se tornou goleador. Ele marcou 30 pontos pelo Real Madrid no início deste mês e pretende se tornar o primeiro espanhol a se tornar o artilheiro da ACB desde Juan Carlos Navarro em 2007 e Rudy Fernandez em 2008.
A escolha causou emoções confusas. Desde o seu sucesso juvenil, conquistando medalhas de ouro europeias Sub-16 e Sub-20, até ao seu momento mais baixo, a ruptura do ligamento cruzado do joelho esquerdo que sofreu contra a Polónia em Fevereiro de 2020, que o manteve fora de acção durante 10 meses durante a pandemia. Embora tenha saído atualizado após esta falha. “Depois daquela lesão, vejo o basquete de outra forma. Não me preocupo depois dos jogos se as coisas vão mal, procuro me divertir enquanto ainda trabalho. Troquei o chip e não fico mais com tanta raiva. Percebi que a qualquer momento eu poderia parar de fazer o que gosto, que alguma coisa poderia acontecer comigo e eu não conseguiria jogar para sempre. Quando voltei, foquei em me divertir. Quando era mais novo e jogava pouco ou jogava mal, pensei muito e fui para casa. Mal. Hoje eu diria aos jovens: “Não dê tanta importância a um dia ruim. Foi melhor para mim”, diz ele.
Este novo Justa disputou o último EuroBasket e a experiência fê-lo dar “um passo em frente em termos de energia e preparação física”. “Agora tento manter esse ritmo excelente e não perdê-lo”, diz ele. Nova Espanha Chusa Mateo acredita em seu metas.
OS CHAMADOS CHUS MATEO
Bases
Alberto Diaz (Unicaja)
Álvaro Cárdenas (Peristeri)
Luís Costa (Granada)
Escolta
Jaime Fernández (Tenerife)
Francisco Alonso (Breoghan)
Pep Busquets (Girona)
Cornijas
Santi Yusta (Saragoça)
Alex Reyes (Manresa)
Oriol Pauli (Lérida)
Avanços e centros de potência
Dani Diez (Burgos)
Mikel Salvi (Gran Canária)
Izan Almanza (Real Madrid)
Grande Osobor (Cidade da Ciência Jena)
Fran Guerra (Tenerife)