dezembro 25, 2025
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Pela primeira vez, a Marinha reuniu toda a sua frota ativa de helicópteros H135 P3H em um voo de formação que ocorreu na Estação Naval Rota, sede principal da Fleet Air Arm (FLOAN). O evento ocorreu em ambiente estritamente militar e contou com a participação de sete unidades atualmente em serviço.

Tais desdobramentos conjuntos não são comuns nas unidades de asa rotativa da Marinha, onde a dispersão operacional é constante. A imagem capturada durante a manobra de aproximação baixa ao aeródromo reflete um raro grau de acessibilidade e pré-planejamento que exigiu semanas de coordenação.

Um marco importante nas atividades do Décimo Segundo Esquadrão.

Os helicópteros pertencem ao Esquadrão Doze, unidade integrada na FLOAN e responsável por missões de treinamento avançado, apoio tático e comunicações navais. Internamente, essas aeronaves foram designadas Nival, nome pelo qual são identificadas em comunicações e procedimentos.

A concentração total da frota só foi possível após o retorno do último H135 P3H envolvido nas operações iniciadas. A aeronave operava a partir do navio de combate USS Cantabria como parte de uma missão internacional que visa aumentar a segurança marítima.

Contexto internacional da operação

O helicóptero apresentado fazia parte do contingente espanhol incluído na Operação Noble Shield da NATO, destinada a monitorizar e proteger o tráfego naval no Mediterrâneo. Seu retorno à Rota completou o número total de aeronaves necessárias para o voo de formação.

A participação em missões internacionais deste tipo acelerou os testes operacionais do modelo, submetendo-o a cenários reais de navegação, aterragem no convés e posterior operação no ambiente marinho.

Bênção como tradição naval

Antes da decolagem, os helicópteros foram dedicados em cerimônia realizada na própria base. O evento foi conduzido pelo chefe do Serviço de Socorro Religioso da Companhia, que realizou uma bênção como símbolo de proteção das tripulações.

Durante a cerimônia, os comandantes de esquadrão e comandantes de cada aeronave foram presenteados com as omoplatas da Virgem do Carmo, padroeira da Marinha. Esses elementos são comumente incluídos em interiores de helicópteros como parte das tradições navais espanholas.

Voo por uma rota simbólica e tática

Após a cerimônia, sete H135 decolaram do heliponto da base em formação compacta. A manobra incluiu uma passagem em baixa altitude sobre o aeródromo e um sobrevôo da fragata Santa Maria, que passava nas águas do Golfo de Cádiz.

Este tipo de voo requer controle de alta precisão de velocidade, altitude e separação, principalmente em helicópteros leves. A realização de operações sem incidentes aumenta o nível de treinamento da tripulação.

H135 e seu papel na Marinha

O H135 P3H, fabricado pela Airbus Helicopters, é uma plataforma bimotora leve adaptada às exigências da Marinha Espanhola. Desde a sua primeira entrega, em dezembro de 2023, a Marinha priorizou seu uso intensivo para acelerar o treinamento.

De acordo com dados internos da FLOAN, o modelo manteve um desempenho particularmente elevado: quase todas as aeronaves estão constantemente prontas para voar. Este fator tornou-se fundamental para permitir a implantação conjunta de toda a frota.

Fortalecimento planejado da frota

O planejamento atual prevê uma oitava unidade que expandirá as capacidades de treinamento e reduzirá a carga de voo da aeronave. Esta expansão fará do H135 um eixo central da formação de pilotos navais nos próximos anos.

Voar em formação sobre a Rota não deixa apenas uma impressão surpreendente. Representa a confirmação de um programa que passou a fase inicial e está totalmente integrado na estrutura operacional da Marinha Espanhola, reforçando as suas capacidades aéreas a partir de uma das localizações estratégicas do sul da Europa.

Referência