dezembro 22, 2025
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As pernas também se exercitam. Pelo menos isso ficou evidente na celebração do 54º Congresso Nacional de Ortopedistas, quando um ortopedista Roberto PascualProfessor do Departamento de Podologia da Universidade Miguel Hernandez de Elche e colaborador de Zapato Feroza, Ele se concentrou em algo que geralmente passa despercebido: os músculos dos pés do bebê.

Este especialista alerta: “Suas pernas também treinam! Se você fizer isso bem desde a infância, poderá evite problemas de postura e equilíbrio e até mesmo de volta ao futuro.” Por isso, os pais são incentivados a ativar os pés dos filhos de forma natural e divertida, sem a necessidade de materiais especiais.

Com que idade as crianças devem fazer este tipo de exercícios?

Evidências científicas mostram que, já aos sete anos de idade, pesquisas mostraram que certos exercícios básicos podem ativar os músculos intrínsecos do pé.

Porém, há estudos que mostram que esse trabalho pode ser feito de forma natural, desde mais cedo, simplesmente com o uso de calçado respeitoso.

Por isso dizemos que a resposta é dupla: a partir dos sete anos, o exercício pode ser um meio eficaz de fortalecimento do pé, mas ainda mais cedo, o uso de calçado adequado – leve, flexível e plano – já promove a ativação espontânea e saudável deste músculo.

Por quanto tempo você deve praticar esse tipo de treinamento?

Existem dois pontos de vista. Do ponto de vista científico, a investigação mostra que, ao treinar 15 a 20 minutos por dia, três a cinco dias por semana, durante cerca de seis semanas, as alterações estruturais no pé já podem ser observadas apenas devido ao exercício.

Sabemos pela prática clínica que encontrar esse tempo nem sempre é fácil. É por isso que insistimos que o uso diário de calçado adequado também ajuda a ativar e fortalecer os músculos dos pés sem a necessidade de exercícios especiais.

Resumindo: os dados dizem-nos que um treino consistente durante seis semanas pode levar a melhorias estruturais, e usar os sapatos certos todos os dias aumenta esses benefícios.

Por que não há consciência de que isso está sendo feito?

O mesmo acontece com muitos outros tipos de exercício: é difícil manter a consistência. É por isso que existem tão poucos estudos que mostram grandes mudanças como resultado desta prática, simplesmente porque é difícil conseguir famílias verdadeiramente consistentes.

Do ponto de vista clínico, vemos muito isso. Os pais nos contam que acham difícil ser rigorosos com os filhos na realização desses exercícios, mesmo que não sejam exercícios difíceis. Basicamente, estamos falando de gastar 15 ou 20 minutos por dia, o que num dia de 1.440 minutos é apenas 1%. Mesmo assim, é difícil integrar-se à rotina familiar.

Outra razão importante é que os resultados não são percebidos imediatamente. Se fizermos os exercícios por algumas semanas e observarmos mudanças visíveis, será mais fácil permanecermos motivados. Mas como a realização é progressiva, o comprometimento geralmente é baixo.

Qual é o seu real significado para o desenvolvimento futuro da criança?

Há boas evidências de que trabalhar o núcleo do pé pode alterar a estrutura do pé, especialmente em crianças com sete anos ou mais. Nessa idade, eles já possuem maturidade neuromuscular suficiente para ativar esses músculos de forma consciente. Por isso, estudos têm observado melhorias nos casos de pés chatos: o arco pode se desenvolver melhor e a estrutura do pé fica mais estável.

É importante lembrar que todas as crianças nascem com pés chatos, mas nem todos os pés chatos são patológicos. Para ser considerado fisiológico, deve ser flexível, simétrico, assintomático e sem causas externas que alterem seu desenvolvimento.

O treinamento central ajuda a melhorar a estrutura do pé, e a terapia combinada com palmilhas e exercícios demonstrou ser mais eficaz do que apenas palmilhas. Também foi demonstrado que melhora o equilíbrio e a coordenação, essenciais para o desenvolvimento motor das crianças.

Como os pés afetam as habilidades motoras em adultos?

É nos adultos que temos mais evidências científicas. Foi demonstrado que o treinamento central dos pés melhora o equilíbrio, a coordenação e reduz o risco de quedas, mesmo em adultos mais velhos. Por exemplo, em pacientes mais velhos, uma clara redução na incidência de quedas só foi demonstrada com este tipo de exercício.

Também foi observado que em adultos com pés chatos pode reduzir o grau de achatamento, principalmente na região do escafóide. E no âmbito esportivo os benefícios são ainda maiores: melhor controle motor, menor risco de lesões, melhora na técnica de corrida, aumento de força e massa muscular. Não há restrições de idade para trabalhar o “córtex do pé”; Seus benefícios se estendem a todas as fases da vida.

Referência