– Europa Imprensa/Contato/Maxim Konstantinov
MADRI, 29 de dezembro (EUROPE PRESS) –
A justiça equatoriana negou ao ex-vice-presidente Jorge Glas, condenado a 13 anos de prisão por corrupção, um pedido de habeas corpus apresentado pela sua equipa de defesa, decisão que surgiu dois dias depois de o próprio Glas ter alegado “tratamento cruel e degradante” durante o seu encarceramento num centro penitenciário de alta segurança, onde afirma que o seu estado de saúde se deteriorou.
“No sentido estrito do estado dos relatórios, do tratamento médico e clínico, psiquiátrico e psicológico, não está estabelecida a existência de uma situação grave nem está determinada a necessidade de enviar o senhor Glas para uma casa de repouso”, decidiu o juiz Jean Daniel Valverde, segundo o jornal equatoriano Primicias.
Valverde disse ainda que “não houve violações de direitos” contra o ex-vice-presidente, que deve, portanto, continuar cumprindo pena no presídio Encuentro, na cidade de Santa Elena.
Glas alegou que recebeu cuidados médicos limitados e insuficientes e disse que foi vítima de “tratamento cruel e degradante”, bem como de “tortura psicológica sistemática”.
Aquele que foi vice-presidente de Rafael Correa em 2013 e junto com Lenin Moreno em 2017 cumpre duas penas por suborno e associação ilegal nos casos Obedrecht e suborno. Foi também condenado a treze anos de prisão no caso da reconstrução de Manabi.
Depois de cumprir parte da pena conjunta por crimes de corrupção, Glas conseguiu acesso à liberdade condicional antes do julgamento até entrar na embaixada mexicana em dezembro de 2023. Em abril de 2024, foi expulso à força desta sede diplomática, apesar de ter recebido asilo do governo mexicano, então liderado por Andrés Manuel López Obrador.
Após a sua detenção, o antigo vice-presidente foi transferido para uma prisão de segurança máxima conhecida como La Roca, no sudoeste do país, e no início deste ano foi condenado a 13 anos de prisão por acusações de peculato no referido caso de Reconstrução Provincial de Manabi, relacionado com a administração após o terramoto de 2016.