– ESCRITÓRIO DO PRIMEIRO MINISTRO DE ISRAEL
MADRI, 29 de dezembro (EUROPE PRESS) –
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, juntamente com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestaram esta segunda-feira a esperança de que a segunda fase do plano de paz para a Faixa de Gaza comece “o mais rapidamente possível”, embora para isso tenha apelado ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para se desarmar.
“Tem de haver desarmamento: temos de desarmar o Hamas”, explicou o presidente em declarações à imprensa ao lado de Netanyahu, acrescentando que espera que a fase de reconstrução no enclave palestiniano comece “muito em breve”.
Trump também disse que apoiaria outro ataque ao Irão se este tentasse reconstruir as suas capacidades nucleares, e aconselhou Teerão, confrontado com tal possibilidade, a decidir entrar num acordo com Washington. “Eles poderiam ter chegado a um acordo da última vez, antes de lançarmos um grande ataque contra eles”, lembrou.
Da mesma forma, Trump sublinhou que a sua relação com Netanyahu é “extraordinária”. “Às vezes pode ser muito difícil, mas é necessária uma pessoa forte. Se houvesse uma pessoa fraca, não haveria Israel hoje”, disse ele pouco antes da reunião bilateral em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.
Por sua vez, Netanyahu elogiou a relação entre Israel e os Estados Unidos. “Isto pode ser avaliado não só pela frequência das nossas reuniões, mas também pelo conteúdo e intensidade”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que o mundo tem “muita sorte” por ter Trump na Casa Branca.
PERDÃO A NETANYAHU
Trump, que enviou uma carta ao presidente israelita, Isaac Herzog, em Novembro, instando-o a perdoar Netanyahu, chamou o seu aliado de “primeiro-ministro em tempo de guerra” e de “herói”. “Como é possível que não lhe concedam clemência?” ele perguntou.
Nesse sentido, garantiu ter conversado recentemente com o duque, que confirmou que o perdão estava “a caminho”. Porém, logo em seguida, a administração presidencial emitiu um comunicado no qual negava o próprio fato da conversa.
“Desde a apresentação do pedido de clemência, não houve conversas entre o Presidente Duke e o Presidente Trump. Há várias semanas, o Presidente Duke falou com um representante do Presidente Trump (…) que explicou onde estava o pedido e que qualquer decisão sobre o assunto seria tomada de acordo com os procedimentos estabelecidos”, afirmou o comunicado.
O primeiro-ministro israelita também se reuniu durante o dia com o secretário de Estado Marco Rubio para discutir, entre outras coisas, “a segurança regional, a cooperação económica e a luta contra o anti-semitismo”.
“Ambos os líderes enfatizaram a importância da cooperação contínua para promover a paz e a estabilidade no Médio Oriente, consistente com a visão do plano de paz de 20 pontos do Presidente Trump”, afirmou o Departamento de Estado num comunicado.
Netanyahu já tinha realizado uma videoconferência com o bilionário Elon Musk na véspera, numa conversa que incluiu também a ministra dos Transportes, Miri Regev, e o diretor do Gabinete Nacional de Inteligência Artificial, Erez Eskel.
“Musk aceitou o convite do primeiro-ministro e do ministro Regev para participar na conferência sobre transporte inteligente, que será realizada em março. Além disso, discutiram uma maior cooperação com Tesla e o desenvolvimento de legislação relativa a veículos não tripulados”, afirmou o gabinete de Netanyahu num comunicado.