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MADRI, 6 de dezembro (EUROPA PRESS) –
A população tunisina iniciou este sábado à noite um novo protesto contra o governo, desencadeado pela detenção esta semana do opositor Ayachi Hammami, anteriormente condenado à prisão por crimes contra o Estado, um novo exemplo do carácter autoritário demonstrado, condenam, pelo presidente do país, Kais Said.
A marcha, o terceiro protesto nas últimas semanas, foi organizada pelo Partido Republicano Tunisino e decorre na capital homónima do país, desde a Praça Mártir Helmy al-Manai até à Rua Habib Bourguiba, informou a agência oficial de notícias TAP.
Os manifestantes, como noutras ocasiões, também exigiram a “descriminalização da oposição e a libertação do espaço público” no meio do corredor de controlo policial para evitar incidentes.
A oposição acusou Said de impor um modelo de ditadura ao assumir o parlamento do país e concorrer à reeleição nas eleições de 2024, que os seus críticos consideram uma farsa e com baixas taxas de participação.
Recordemos que ainda antes da detenção de Hammami, a câmara criminal especializada em casos de terrorismo do Tribunal de Recurso da Tunísia aprovou na passada sexta-feira, 28 de Novembro, a pena final de prisão contra o seu opositor, que acabou por ser condenado a cinco anos de prisão por “conspiração contra a segurança do Estado”.
Figuras proeminentes da oposição como Ghazi Chaouachi, Issam Chebbi, Jawahar Ben Mbarek, Rida Belhadj e Haima Issa foram anteriormente condenadas a 20 anos de prisão.